domingo, 8 de fevereiro de 2009

Faz um calor infernal. Meus vizinhos se divertem à piscina ao som de uma trilha sonora que vai de rock anos 80 à Maná. O Porto joga com o Benfica na TV e eu aproveito o intervalo para escrever um pouco. Escuto Xutos e Pontapés no fone. O rock em português soa meio estranho, mas estou me acostumando.

O jornal lido está dobrado e meio amassado no porta revistas. Revistas velhas acumulam-se na estante. Um dia vou jogá-las fora. Passo a mão pelo rosto e lembro que ainda tenho que fazer a barba. O joelho não dói e isso é bom.

A autobiografia do Andy Summers está a minha frente sobre a escrivaniha do escritório. Estou gostando. Há algo de comum nas biografias de músicos que li. Autodidatas começaram sua paixão pelo instrumento que escolheram e pela música no início da adolescência. Ganharam um violão de alguém e foram autodidatas. Lembro da minha gaita na gaveta ao meu lado. Preciso voltar a tocar.

Minha filha entra no escritório e me dá um beijo. Ela já tem um tecladinho, penso em colocá-la na aula de música, mas talvez ainda seja cedo, ou não. Ela não parece se interessar muito.

Acho que o jogo já recomeçou. Daqui a pouco acabará o domingo e lá se vai meu pequeno período de férias semanais. Quem sabe eu ganho na Mega Sena.

"E lá se vai mais um dia..."
Beto Guedes