quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

O Esquisito

Pego emprestado o título do blog do me amigo Marconi para entitular este texto. Saio à rua e vejo um mundo estranho, olho à minha volta e vejo o meu avesso nos transeuntes. Caminho até o ponto de ônibus e aguardo o sinal abrir para os pedestres, atravesso e sou xingado pelo motorista que avança o sinal e quase me atropela. Saio de carro e paro no sinal em um cruzamento, não há nenhum carro à vista, mas continuo parado. Os demais motoristas buzinam e fazem manobras para contornar-me e finalmente conseguem avançar o sinal.
Tento pensar no bem comum, onde moro, mas alguns insistem em olhar apenas para o seu umbigo. Tenho que ouvir sempre: "eu quero... eu preciso...", mesmo que as regras acordadas por todos digam o contrário, sempre insistem em fazer aquilo que não se pode.
Não quero dar uma de santo, mas me sinto esquisito, um ser de outro planeta, por tentar seguir as regras. Por que será tão difícil assim seguir regras? Entendo que após o período da ditadura houvesse um período de negação daquele passado militar de disciplina e regras rígidas. Mas já se passou tempo demais.
Esquisito sigo em frente, tentando seguir o caminho do meio e ser feliz. Talvez seja isso que esteja faltando, caminho do meio.